terça-feira, 1 de dezembro de 2009

EUMARANHADO

eu
amrnaho emraahanr eueamrnaho
frrrgllr mraanhao eeiaua mraanhao frrrgllr eeiaua
eu
amrnaho emraahanr tueamrnahas
frrrgllr mraanhao eeiaua mraanhao frrrgllr eeiaua
eu
amrnaho emraahanr eleelaeamrnaha
frrrgllr mraanhao eeiaua mraanhao frrrgllr eeiaua
eu
amrnaho emraahanr nóseamrnahaoms
frrrgllr mraanhao eeiaua mraanhao frrrgllr eeiaua
eu
amrnaho emraahanr vóseamrnahahanis
frrrgllr mraanhao eeiaua mraanhao frrrgllr eeiaua
eu
amrnaho emraahanr eleselaseamrnaham
frrrgllr mraanhao eeiaua mraanhao frrrgllr eeiaua
eu

GEOGRÁFICA ALÉCIO CUNHA

desesperar resposta
desesquecer o tapa
rosto dói
mói a faca
mão à força

sumir do mapa

ESBOÇO ALÉCIO CUNHA

Silêncio e reticência
ódio ao ponto final
fins não justificam
meios
meus medos
modos mudos

A dor não cabe no cartão-postal

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

LÁGRIMAS EN EL LAGO DE PÚRPURA

a nadie

Biotraducción: Sebastián Moreno


VOYEUR

sim as abelhas picam teu corpo
e eu nada faço senão mirá-lo
entre pólens açucarados de inverno

são fêmeas que abatem tua pele
e fecundam todo o enxame
e o mel e a cera

entre a colméia eu me escondo
no seio de tua flora
antes que me revelem à festa

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

OUTRAOTRA

Ojá quero
Beijarr não
A minha ou
Tra ocab
oca

Ojá quero
Beijarr não
A minha ou
Tra ocab
Oca

Ojá agora
Quero beijarr
A minha ou
Tra ílngua

Naul Naul

Ojá quero
Beijarr agora
A minha ou
Tra índia

oitiindia
oitiindia
oitiindia

Ojá A ou
Tra A ou

Tra o Tra

domingo, 15 de novembro de 2009

domingo, 4 de outubro de 2009

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

DÉBRIS SUR UN LAC POURPRE

vingt

iris, rétines, mes yeux regardent des iris, rétines,
des yeux ferment des iris, rétines, des yeux de vénus
/ quelle est cette vénus lunaire que je ne connais même pas
je sais que j´ai perdu une panthère, un dragon à flots,
un oiseau, un soleil allumé en pleine nuit/ moi
que vais-je faire maintenant avec ces iris, rétines, ces yeux:
il me reste à fermer les paupières et inventer des iris,
rétines, des yeux qui soient des iris, rétines, des yeux/
toi avec tes iris, rétines, toi avec tes yeux
qui me regardent et découvrent mes iris, rétines,
mes yeux et plus que des yeux, je suis toute luxure/

tradução: tania alice

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

estuário

ninguém é uma pedra por
que ninguém se torna uma
pedra porque uma pedra é
uma pedra
ningué é uma pedra por
que ningué se torna uma
pedra porque uma pedra é
uma pedra
ningu é uma pedra por
que ningu se torna uma
pedra porque uma pedra é
uma pedra
ning é uma pedra por
que ning se torna uma
pedra porque uma pedra é
uma pedra
nin é uma pedra por
que nin se torna uma
pedra porque uma pedra é
uma pedra
ni é uma pedra por
que ni se torna uma
pedra porque uma pedra é
uma pedra
n é uma pedra por
que n se torna uma
pedra porque uma pedra é
uma pedra
é uma pedra por
que se torna uma
pedra porque uma pedra é
uma pedra

quinta-feira, 30 de julho de 2009

sábado, 4 de julho de 2009

YGUARANI

Apresentação: Yguarani de Wilmar Silva
18 julho 2009, sábado, 22h.
Cosmorama. Porto. Portugal
Jorge Melícias apresentará Yguarani, 'poética não completa' de Wilmar Silva, poeta brasileiro (Minas Gerais) que nasceu em 1965 e que é responsável pelo projecto de pesquisa de poesia de língua portuguesa Portuguesia: Minas entre os povos da mesma língua, antropologia de uma poética.

http://www.cosmorama-edicoes.blogspot.com

PORTUGUESIA




sexta-feira, 3 de julho de 2009

sexta-feira, 19 de junho de 2009

quarta-feira, 17 de junho de 2009

segunda-feira, 15 de junho de 2009

domingo, 31 de maio de 2009

domingo, 24 de maio de 2009

LAS PORTAS OLIVERIO GIRONDO

ABERTO TÉDIO ABSORTO
antes a inululada fossanoite
que greta em reta aberta subsonrri seu agris mais pecado
resisto aberto insone a tantastodas mortessons de intensossons
revelovoo
ainda um semtempo imóvel de duasmais amargas mãos
aberto ao eco cruento pelo costume de maldito pulso
mero por nímio glóbulo aberto rente ao estranho
que voraz em queda serra círculunrói as parietalas costas
abertas ao murmúrio de sombrasmais
porque se abrem as portas

transtraduson: Wilmar Silva

sábado, 23 de maio de 2009

Drys ou Drya-dryades ou

Post D ou
Scriptum Child

Post R ou
Scriptum Child

Post Í ou
Scriptum Child

Post A ou
Scriptum Child

Post D ou
Scriptum Child

Post E ou
Scriptum Child

I love you
Baby daughter

BIOFILHO




Nenhum1 forç2 va3 m4 abate5
E ne6 mesm7 o8 arado9 qu10 m11
Arara12 vã13 m14 arara15 mai16
Ne17 a18 carpideira19 vã20 chora21
Ne22 o23 lavradore24 co25 o26 pano27
Amarrado28 na29 cabeça30 vã31 m32
Deixa33 co34 o gost35 e o sabo36 d37
Saudad38 fund39 e viv40 qu41 e42 tenh43

Pa78a9i10Z


quinta-feira, 21 de maio de 2009

sábado, 16 de maio de 2009

sexta-feira, 15 de maio de 2009

ciruja Laia Ferrari

superácido escondido en sus huellas derrumbó
acaecida la nostalgia tuvo el mismo sin sabor
-cae la noche, dijo al verlo
(((((aquél verso ensordecedor))))))
quema, hiela y los extremos hacen que su pan de hoy
váyase yendo en pedazos que no migan el dolor
pena triste, pena en pena -dijo- pena el que ansia valor
ya no pronuncia, arremete, ya no calla a la sazón
y su rodilla aligera en el seco ardor por dos
y al tocarse su quejido con el motor del vagón
lleva y se lleva, se escurre, en relámpago a estribor
buque que anuncia días, buque, su propio yo
aguas cercanas lo rozan, marinero del amor

y así fulgurante él espina
y así como quiso ocurrió
el día lo espera inerte
pero él ya lo alcanzó

domingo, 10 de maio de 2009

sexta-feira, 8 de maio de 2009

ASPIRAR

a a ar s s
re a ar s
sp a ar s
ir a ar s
AR a ar s

es a ar s
pi a ar s
rA a ar s
Rr a ar s

sp a ar s
ir a ar s
AR a ar s
re a ar s

pi a ar s
rA a ar s
Rr a ar s
es a ar s

ir a ar s
AR a ar s
re a ar s
sp a ar s

rA a ar s
Re a ar s
sp a ar s
ir a ar s

AR a ar s
re a ar s
sp a ar s
ir a ar s

Rr a ar s
es a ar s
pi a ar s
rA a ar s

re a ar s
sp a ar s
ir a ar s
AR a ar s
s s ar a a

sábado, 2 de maio de 2009

VOYELLES RAINBOW

A noir, E blanc, I rouge, U vert, O bleu: voyelles,
Je dirai quelque jour vos naissances latentes:
A, noir corset velu des mouches éclatantes
Qui bombinent autour des puanteurs cruelles,

Golfes d'ombre; E, candeurs des vapeurs et des tentes,
Lances des glaciers fiers, rois blancs, frissons d'ombelles;
I, pourpres, sang craché, rire des lèvres belles
Dans la colère ou les ivresses pénitentes;

U, cycles, vibrements divins des mers virides,
Paix des pâtis semés d'animaux, paix des rides
Que l'alchimie imprime aux grands fronts studieux;

O, suprême Clairon plein des strideurs étranges,
Silences traversés des Mondes et des Anges;
– O l'Oméga, rayon violet de Ses Yeux!

romantismo alberto pimenta

o público dá grande valor às florestas e às virgens.
a história resulta sempre se o autor puser uma virgem
à entrada da floresta ou uma floresta à entrada da v
irgem, para depois apresentar a virgem no meio da flor
esta ou a floresta no meio da virgem e finalmente mos
trar a virgem à saída da floresta ou a floresta à sa
ída da virgem. os artistas mais ousados apresentam a
floresta em cima da virgem ou a virgem em cima da flo
resta. o público verifica então que o universo possui
tudo quanto é necessário para bastar-se a si mesmo

domingo, 26 de abril de 2009

ASTILLAS EN EL LAGO PÚRPURA

veinte

iris, retinas, ojos míos miran iris, retinas
ojos que cierran iris, retinas, ojos de venus
/ quién es esta venus lunar que apenas conozco
y sé que perdí una pantera, una draga de lazos,
un cardenal, un sol encendido en la noche plena/ yo
ahora qué hago con iris, retinas, ojos:
yo he de cerrar los párpados e inventar iris,
retinas, ojos que sean iris, retinas, ojos/
usted con sus iris, retinas, usted con ojos
que me miran y descubren iris, retinas,
ojos y más que ojos, soy todo lascivia/

tradução: cristiane grando e angel ortega

domingo, 12 de abril de 2009

erre

viver a sentir a pensar a
e não escrever a
escrever erre

viver e sentir e pensar e
e não escrever e
escrever erre

viver i sentir i pensar i
e não escrever i
escrever erre

viver o sentir o pensar o
e não escrever o
escrever erre

viver u sentir u pensar u
e não escrever u
escrever erre

quinta-feira, 9 de abril de 2009

SABRA MILTON CÉSAR PONTES

é para você que escrevi este livro / eu
assumo os poemas / e assino minha condição
de poeta / derramado / a puro sangue as
minhas palavras / orvalho nascido dos poros
/ sereno colhido dos cabelos / que importa
se ousados e ridículos / os versos na aurora
dos lábios / nunca mais as mesmas sementes
/ as mesmas palavras / a mesma fala nunca
mais as mesmas lavras / as mesmas searas
nunca mais / a mesma escrita que habita a
boca de papel deste livro / especial é você /
nenhum aroma como seu perfume / como sua
pele nenhuma droga aromática / e seu corpo
de ouvidos / um corpo virgem de floresta /
ao êxtase as águas

quarta-feira, 8 de abril de 2009

sábado, 4 de abril de 2009

FOUR LETTERS WORDS ARS

VIET
TIME

VIET
LIFE

VIET
RACE

VIET
RICE

VIET
HILL

VIET
HELL

VIET
MINH

VIET
BOMB

VIET
SOUL

VIET
CONG

HORIZONTES(S) FERNANDO AGUIAR

Permitir
ao sol
aparecer
no horizonte
invariavelmente.

Para
que ele
demonstre
como se
consegue
nascer.

Todos
os dias.

terça-feira, 31 de março de 2009

JOGO DE NÚMEROS SEBASTIÁN MORENO

Jogo de números
Decimais, Cardinais
Históricos, Anacrônicos
Números Imaginários
o número e seu caráter
Místico, imprescindível
em toda religião
o Zero é um número?
Infinito?
intentar uma definição
de números é utópico
há Um, Dois
Vinte e três
pronunciar o número com
palavras-letras é
contraditório

1 não sabe o que diz
tradução Wilmar Silva